Saint-Christophe-des-Bardes é uma cidade do cantão de Libourne Norte e faz parte das 8 cidades da jurisdição de Saint-Emilion. Pertence igualmente à Comunidade das comunas da Grande Área de Saint-Emilion. A sua superfície é de 780 ha e está situada perto de Saint-Emilion (2 km). A cidade tem atualmente 443 habitantes, chamados Saint-Christophais.

UM POUCO DE HISTÓRIA

Origem do nome

O nome "Bardo" remonta a uma época longínqua. Trata-se de religiosos cristãos, antigamente chamados "druidas", que se tinham instalado na terra onde organizavam e animavam a vida social.

A história

A origem de Saint-Christophe-des-Bardes remonta ao estabelecimento dos Celtas e é, portanto, muito antiga. Na Idade Média, foi construído um castelo na cidade, o Château Laroque. Os seus senhores instalaram-se neste território durante muito tempo. A história da cidade é também marcada pela extração da pedra. Tal como em Saint-Emilion, o seu subsolo é pontuado por pedreiras de calcário onde foram extraídos blocos de pedra utilizados para construir casas e castelos.

Saint Christophe des Bardes é constituída principalmente por aldeias dispersas e casas antigas que realçam as suas sublimes vinhas.

A aldeia está geminada desde 1996 com a aldeia de Hermance, na Suíça, situada na margem do lago de Genebra, perto de Genebra.

PATRIMÓNIO NATURAL

A cidade é atravessada pelo rio Barbanne numa extensão de 2,3 km.

VINHEIROS

Hoje em dia, a principal atividade da cidade é a exploração vinícola: 70 quintas partilham os 547 hectares de vinhas, produzindo vinhos que se enquadram exclusivamente na denominação controlada de vinhos de Saint-Emilion.

PONTOS DE INTERESSE

O Posto de Turismo propõe vários percursos pedestres pela cidade de Saint-Christophe-des-Bardes. Uma caminhada "Terroirs" com uma duração aproximada de 3 horas e duas caminhadas em bicicleta "Rota das arquitecturas notáveis" de 19 quilómetros e "Propriedades familiares" de 11,5 km. Pode descarregar os mapas aqui.

Todos os anos, durante o último fim de semana de julho, é organizada a feira da aldeia. Jovens e adultos reúnem-se em torno de uma refeição de convívio seguida de vários jogos ao ar livre, da presença de bandas, de touros de fogo e de uma alegre dança de discoteca.

O castelo Cantin é uma antiga casa nobre que recebeu o nome do ribeiro Cantin, que nasce no sopé da colina. Foi fundado na Idade Média, mas o poço no coração da vinha é o único vestígio da Idade Média. A maior parte dos edifícios do pátio datam do século XVII. Foram construídos por monges beneditinos e tinham uma função de quinta e de mosteiro. O corpo principal do castelo era a residência de verão dos cónegos de Saint-Emilion. Os monges permaneceram em Cantin até à Revolução Francesa e a propriedade foi vendida como propriedade nacional ao Barão de Mauvezin, tendo sido mantida na família durante 100 anos.

Alphonse Bisch, um comerciante de vinhos, remodelou o castelo no século XIX: desde então, tem belos edifícios em dois níveis, incluindo uma torre quadrada. O edifício é completado por um grande pátio.

O Château Fombrauge é uma bela mansão aristocrática construída numa vasta vinha. É composto por um edifício principal num só nível e duas alas perpendiculares. A fachada tem vista para um pátio emoldurado por edifícios notáveis. O lado norte tem um terraço de pedra esculpida com vista para o parque.

O castelo Haut-Sarpe situa-se no limite da cidade de Saint-Christophe-des-Bardes e de Saint-Emilion. Situado no cimo de uma colina sobranceira à vinha, oferece uma bela vista sobre o vale de Barbanne, as torres de Montagne, St. George, Parsac e também Lussac. O castelo foi construído pelo famoso Leo Drouyn no século XIX. Ele foi o desenhador oficial do Comité dos Monumentos Históricos da Gironda, foi o primeiro a destacar o rico património românico da Gironda e tornou-se um dos maiores especialistas da arquitetura medieval. Leo Drouyn inspirou-se no Petit e no Grand Trianon de Versalhes com uma estética clássica francesa misturada com influência italiana.

O Castelo Laroque é uma antiga residência feudal, reconstruída sob o reinado de Luís XIV. A sua localização permite-lhe dominar o vale da Dordogne. Rodeado de muralhas, o castelo foi saqueado durante o século XVII pelas tropas do duque de Epernon. Resta uma importante torre redonda com uma cúpula de pedra. O edifício principal, datado de finais do século XVII, parece ter sido redesenhado posteriormente. Apresenta um grande edifício principal retangular em dois níveis, encimado por uma balaustrada que esconde o telhado. A fachada principal, muito simples, apresenta um frontispício central com três vãos e coroado por um frontão triangular.

O moinho de vento do Château Haut-Sarpe, integrado numa verdadeira pequena aldeia, possui uma bela torre redonda em pedra encimada por um telhado cónico de ardósia. Encontra-se atualmente, após restauro, em muito bom estado.

O pequeno património da aldeia é para visitar: a casa de lavagem, a mó, o forno de pão, o memorial e o relógio de sol.